quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Morre Manoel de Barros

Morreu hoje o poeta mato-grossense Manoel de Barros, anos 97 anos, por falência de múltiplos órgãos após um a cirurgia de desobstrução do intestino. 

Nascido em 1916 em Cuiabá, Manoel de Barros escreveu 18 livros de poesia, além de obras infantis e relatos autobiográficos. Recebeu inúmeros prêmios literários, dentre eles dois Jabutis, o primeiro em 1989, com O Guardador de Águas, e o segundo em 2002, com O Fazedor do Amanhã.

Cronologicamente vinculado à Geração de 45, mas formalmente ao Modernismo brasileiro, Manoel de Barros criou um universo próprio — subvertendo a sintaxe e criando construções que não respeitam as normas da língua padrão —, marcado, sobretudo, por neologismos e sinestesias, sendo, inclusive, comparado a Guimarães Rosa.
Em 1986, o poeta Carlos Drummond de Andrade declarou que Manoel de Barros era o maior poeta brasileiro vivo. Antonio Houaiss, um dos mais importantes filólogos e críticos brasileiros escreveu: “A poesia de Manoel de Barros é de uma enorme racionalidade. Suas visões, oníricas num primeiro instante, logo se revelam muito reais, sem fugir a um substrato ético muito profundo. Tenho por sua obra a mais alta admiração e muito amor”. 

O apanhador de desperdícios

Uso a palavra para compor meus silêncios.
Não gosto das palavras.
Fatigadas de informar.
Dou mais respeito
às que vivem de barriga no chão
tipo água pedra sapo.
Entendo bem o sotaque das águas
Dou respeito às coisas desimportantes
e aos seres desimportantes.
Prezo insetos mais que aviões.
Prezo a velocidade
das tartarugas mais que a dos mísseis.
Tenho em mim um atraso de nascença.
Eu fui aparelhado
para gostar de passarinhos.
Tenho abundância de ser feliz por isso.
Meu quintal é maior do que o mundo.
Sou um apanhador de desperdícios:
Amo os restos
como as boas moscas.
Queria que a minha voz tivesse um formato
de canto.
Porque eu não sou da informática:
eu sou da invencionática.
Só uso a palavra para compor meus silêncios.

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

OUTUBRO ROSA

                                   
                                 




https://www.google.com.br/search?q=campanha+outubro+rosa+2014&biw=1366&bih=667&tbm=isch&tbo=u&source=univ&sa=X&ei=aG04VOG0Bce6ggTZ6YIQ&ved=0CC8QsAQ#facrc=_&imgdii=_&imgrc=S3XG80ZauOhyNM%253A%3BJZ7AZi4ggz9J5M%3Bhttp%253A%252F%252Fjorgebischoff.com.br%252Fwp-content%252Fuploads%252F2012%252F10%252Foutubrorosa.jpg%3Bhttp%253A%252F%252Fjorgebischoff.com.br%252Fblog%252Foutubro-rosa-quem-tem-estilo-se-cuida-2%252F%3B590%3B506

III Sul Letras


 O III Encontro Sul Letras reunirá pesquisadores, mestrandos e doutorandos de programas de pós-graduação da área de Letras do sul do país e realizar-se-á entre os dias 20 a 22 de outubro de 2014, na Universidade Estadual do Centro-Oeste – UNICENTRO, em Guarapuava, PR.
         O objetivo do encontro é proporcionar um espaço qualificado de interlocução em torno de pesquisas e da formação desenvolvida no espaço dos programas de pós-graduação.





http://eventos.unicentro.br/sulletras2014/index.php?menu=1

terça-feira, 30 de setembro de 2014

Dicas de Inglês: o uso do “Have”

Na língua Portuguesa, o verbo ter é usado, informalmente, para substituir os verbos haver e existir. Por ser um costume, ao falar em Inglês fazemos a mesma coisa, porém isso é errado. Portanto, não podemos falar “Have a car outside” (Tem um carro lá fora), pois a frase não fará sentido algum.
Para essas ocasiões, nós usamos o there is (singular, presente), o there are (plural, presente), o there was (singular, passado) ou o there were (plural, passado). Ou seja, a frase correta seria: “There is a car outside” (Há um carro lá fora)

Portanto, na próxima vez que for usar o verbo ter no sentido de haver/existir, você já sabe que não se usa have

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Por que ler é fundamental ?

Afinal por que se afirma que é tão importante ler? Para responder essa questão, vamos lembrar que o texto - seja de que natureza for - está sempre pronto a ser compreendido, decifrado e interpretado. O processo da leitura exige um esforço que garante uma compreensão ampliada do mundo, de nós mesmos e da nossa relação com o mundo.

Na Roma antiga, o verbo "ler" - do latim legere - além de ler, também podia significar "colher", "recolher", "espiar", "reconhecer traços", "tomar", "roubar". Para os romanos, então, ler era muito mais do que simplesmente reconhecer as palavras e frases dos outdoors de uma avenida, dos índices de desempregos noticiados nos jornais, do discurso político de um candidato à presidência da República, de um poema ou de um conto, de um romance ou de um filme.

Ler é compreender os discursos, mas também é completá-los, descobrindo o que neles não está claramente dito. Talvez "recolher" seja buscar as pistas que o texto tem, "espiar" seja distanciar-se um pouco e não de imediato aquilo que está sendo proposto, "tomar" e "roubar" talvez queira dizer estar prontos a captar, capturar, se apropriar daquilo que está escondido nas entrelinhas de um texto.

É assim que a leitura se torna criativa e produtiva, pela descoberta dos sentidos do texto e a atribuição de outros. Do contrário, ela se torna apenas assistir a um desfile de letras, palavras e frases vazias, diante de olhos tão passivos, quanto sonolentos.

Com o intuito de despertar seu interesse pela leitura, vejamos alguns motivos pelos quais você deva começar ou continuar a ler:


1. Entendimento: uma boa leitura leva a pessoa ao entendimento de assuntos distintos. Afinal, o que é entender senão compreender, perceber. Como você saberá conversar sobre determinado tema se não tem percepção ou se não o compreende? 

2. Cultura: através da leitura temos possibilidade de ter contato com várias culturas diferentes. Compreendemos melhor o outro quando passamos a saber a história de vida que o cerca. Consequentemente, lidamos melhor com quem é diferente de nós e não temos uma opinião pobre e geral das circunstâncias.

3. Reflexivos: lendo, nos tornamos reflexivos, ou seja, formamos uma ideia própria e madura dos fatos. Quando temos entendimento dos vários lados de uma mesma história, somos capazes de refletir e chegar a um consenso, que nos traz crescimento pessoal.
4. Conhecimento: através da leitura falamos e escrevemos melhor, descobrimos o que aconteceu na nossa história.

5. Leitura dinâmica: quem lê muito, começa a refletir mais rápido. Logo, adquire mais agilidade na leitura. Passa os olhos e já entende sobre o que o texto está falando, a opinião do escritor e a conclusão alcançada.

6. Vocabulário: esse item é fato, pois quem lê tem um repertório de vocábulos muito mais avançado do que aquele que não possui essa prática.

7. Escrita: com conhecimento, reflexão e vocabulário é óbvio que o indivíduo conseguirá desenvolver seu texto com muito mais destreza e facilidade. Quem lê, se expressa bem por meio da escrita.

8. Diversão: sim, a leitura promove diversão, pois quem lê é levado a lugares que não poderia ir “com as próprias pernas”.

9. Informação: através da leitura ficamos informados sobre o que acontece no mundo e na nossa região. A leitura informativa mais usual é o jornal impresso.


DISPONÍVEL EM: <http://www.mundoeducacao.com/redacao/por-que-ler-importante.htm E http://educacao.uol.com.br/disciplinas/portugues/leitura-por-que-ler-e-fundamental.htm>

quarta-feira, 23 de julho de 2014

O Brasil perde grandes nomes da sua literatura

Nos últimos dias a literatura nacional perdeu quatro grandes escritores.
  
fonte r7.com
Na madrugada de sexta-feira (18), no Leblon (RJ), morreu o escritor baiano João Ubaldo Ribeiro aos 73 anos,  ocupante da cadeira número 34 da Academia Brasileira de Letras (ABL). Seu primeiro romance, Setembro Não Faz Sentido, foi escrito em 1963, mas foi com Sargento Getúlio, publicado no início da década de 1970, que ganhou o Prêmio Jabuti como “revelação de autor”, homenagem que voltou a receber em 1984 por Viva o Povo Brasileiro na categoria “romance”. 

fonte exame.abril.com.br
No sábado (19), em Campinas (SP), morreu aos 80 anos Rubem Alves, educador e escritor. Rubem atuou como cronista, pedagogo, poeta, filósofo, contador de histórias, ensaísta, teólogo, acadêmico, autor de livros infantis e até psicanalista. Nasceu na cidade de Dores da Boa Esperança (MG), em 15 de setembro de 1933, sul de Minas Gerais, publicou mais de 120 títulos, entre livros de filosofia, poesia, pedagogia, literatura para crianças, ensaios – além de ser muito conhecido por seus contos e crônicas. 


Na madrugada de segunda-feira (21), no dia em que completaria 73 anos, morreu o jornalista e escritor Márcio Pereira, membro da cadeira de n° 8 da Academia Catarinense de Letras (ACL). Nascido em Porto Alegre, Mário foi um dos pioneiros na implantação do Diário Catarinense, onde atuou como editor de opinião, cronista, 
articulista e colaborador fixo do DC Cultura. Autor de romance, contos, crônicas e de obras técnicas de jornalismo, tinha nove livros lançados e dois prestes a serem publicados.

Na tarde de hoje (23), morreu Ariano Suassuna aos 87 anos, autor de O Auto da Compadecida. Teatrólogo e romancista, Ariano Vilar Suassuna nasceu em 16 de junho de 1927, em Nossa Senhora das Neves, hoje João Pessoa, capital da Paraíba, mas mudou-se para Recife em 1942. Formado em direito e em filosofia, publicou sua primeira peça teatral, "Uma Mulher Vestido de Sol", aos 20 anos. Entre suas obras está "O Castigo da Soberba" (1953), "O Rico Avarento" (1954) e "O Auto da Compadecida" (1955). Membro da ABL (Academia Brasileira de Letras) desde 1989 como sexto ocupante da cadeira nº 32 e doutor honoris causa da Faculdade Federal do Rio Grande do Norte, Ariano é fundador do Teatro Popular do Nordeste e do Movimento de Cultura Popular, além de idealizador do Movimento Armorial.

fonte uol.com.br